O POÇO DA SOLIDÃO (RADCLYFFE HALL)
- Jo
- 6 de abr. de 2019
- 2 min de leitura
Trata-se de um romance com significação psicológica e sociológica que aborda um aspecto da vida do ser humano em sua particularidade mais íntima, a sexualidade, que ainda, aos olhos da sociedade, nos dias atuais, é carregado de hostilidade e menosprezo: Este livro foi escrito em 1971 e, infelizmente, continua atual até hoje, 2019! Considero uma excelente dica de leitura que espero, seja muito proveitosa para uma séria reflexão sobre o que consideramos “nossos valores”. A questão de gênero é explicada muito claramente, segundo A CABALA, através da figura do Caduceu de Mercúrio dessa forma: decorre sobre a LEI DA POLARIDADE, masculina/feminina, que estando a alma numa encarnação feminina, funcionará ela negativamente. Resumindo: uma mulher é física e mentalmente NEGATIVA, mas psíquica e espiritualmente POSITIVA, sucedendo o contrário no homem. Assim, a Centelha Divina, que é o núcleo de toda alma viva, é, naturalmente, BISSEXUAL, contendo as raízes de ambos os aspectos aos quais corresponde.
Nós possuímos um sistema que nos rege e atua através de crenças, sentimentos e emoções. Esse sistema é desenvolvido e estruturado de acordo com nossas experiências, carga dos nossos antepassados e nossa estrutura física, o DNA. Quando nossa mente consciente tem uma crença que entra em conflito com as “verdades” armazenadas em nosso subconsciente o resultado é o enfraquecimento dos músculos do nosso corpo, ou seja, nosso inconsciente é mais poderoso que o nosso consciente. Então, ao que parece, nossos padrões de certo/errado, moral/imoral, pode/não pode, também podem, facilmente, mudar. O mundo evolui a cada instante, tudo muda o tempo todo, portanto, nossos conceitos sobre gênero, raça, etc., podem ser “atualizados”. Só para citar um fato sobre gênero, p. ex:, na antiga Índia uma família era reverenciada se um membro fosse homossexual e esse homossexual era figura obrigatória na celebração de um casamento pois era considerado portador de união e felicidade conjugal, portanto, era o mensageiro das bênçãos divinas.
O recado que a vida nos dá todos os dias é que realmente precisamos mudar o olhar que direcionamos ao nosso semelhante, pois o que realmente importa é que todos nós, independentemente da nossa aparência física, somos todos iguais. E não adianta espernear pois nada fará com que seja diferente. Direitos iguais é que conta, afinal, já faz muito tempo que saímos das cavernas, não é mesmo?

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